Erydia
Olá viajante!

Seja bem vindo à bela cidade de Erydia. Você acaba de pisar em solo Erydiano, e está a um passo de se tornar um de nós.

Tudo que precisa fazer é se cadastrar, escolher um Clã para se juntar de acordo com a sua personalidade e depois é só se divertir!

Nesse mundo onde a magia e as criaturas fantásticas são reais, emoção, aventura e principalmente fantasia farão parte da sua história. Crie um personagem, faça dele um herói e acima de tudo: Divirta-se!
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 Desafio de Contos 2 - Calamidade Passageira

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AutorMensagem
Alexis A. Pendragon
Líder de Keltoi
Alexis A. Pendragon


Idade : 41
Moedas : 8437

Ficha do personagem
Habilidade:
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Energia:
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MensagemAssunto: Desafio de Contos 2 - Calamidade Passageira   Desafio de Contos 2 - Calamidade Passageira Icon_minitimeSáb Fev 06, 2021 10:14 pm

Calamidade Passageira

Autor: Amenartas
Gênero: Mistério


Sinopse: Uma criatura sem nome vaga pela floresta e chega à Erydia. Ela trás consigo curiosidade, admiração... e algo a mais. Ela já encontrou muitas coisas pelo caminho, de dragões a monstros e até mesmo viu cidades dizimadas pela Praga. Ela não é de nenhuma raça criada pelos Seis. Ela é algo novo... novo e assustador.






Era frio.


Ela não gostava nem desgostava dos ventos gelados que começavam a cortar seu rosto, prenúncio do inverno que estava chegando. A alguns dias as árvores começaram a perder as folhas e o clima esfriava gradativamente, e haviam poucas criaturas que eram imunes a esses efeitos. Dragões com certeza eram… mas era raro encontrá-los nos dias atuais, principalmente porque a maioria deles fora relegada novamente ao Infernus, após a Batalha contra Merodach. Se haviam dez vagando pelo Mundus atualmente, sem contar qualquer descendência, era muito.


Certo dia, conhecera um. Ele a observara com todo o seu porte orgulhoso, como todos os de sua raça, e mostrara as presas, escancarando a boca. Grande o suficiente para engoli-la na primeira oportunidade, sem nem precisar mastigar. Mas a jovem não temera, porque ela era algo tão ou mais mórbido que qualquer raça criada pelos deuses naquele mundo.


Ela fora criada pelos próprios humanos… se é que podia chamar eles de humanos.


Mas mesmo que não temesse, teve o bom senso de abaixar a cabeça. Formalidades eram importantes em qualquer lugar, e seu eu daquela época era ligado as regras. Tradicionalista, irredutível e preconceituoso. No fim das contas deixar tudo aquilo para trás fora um alívio.


O dragão seguiu seu caminho, não sem antes fitá-la com um toque a mais de curiosidade, o tanto que um ser de sua magnitude podia usar sem parecer baixo demais.


“Você traz a calamidade, criança.”


Ela lembra das palavras perfeitamente, embora já tenham sido ditas já faz algum tempo. Lembra de sua resposta imediata, também.


“Eu sou a calamidade.”



---


A jovem desceu até o chão, deixando a floresta e os galhos que haviam lhe servido de pavimento até então. Eles estavam começando a ficar frágeis, e não queria testar a sorte. Não era das melhores, Avishai tendia a rir de sua cara. Nunca o vira, deuses não existiam para serem vistos ou tocados, era o que passara a acreditar. Mas mesmo não conhecendo-o pessoalmente, poderia imaginar perfeitamente o sorriso estampado no rosto que era usado para representá-lo.


Ela estava divagando demais, ultimamente. Era um hábito um tanto quanto ruim, mas não podia fazer nada sobre ele naquele momento. Balançando a cabeça de um lado para o outro, sentindo os cabelos presos repuxarem, seguiu adiante, os passos atravessando o mar vermelho-alaranjado sussurrante, formado pelas folhas caídas dos bordos.


Havia chegado finalmente a Erydia. Não que estivesse propriamente vagando para lá por alguma razão específica, apenas parecia um lugar melhor para… existir, pelo menos por enquanto. As outras cidades de Epura ou eram bem pequenas ou estavam abandonadas, arrasadas pela Praga. A última que visitara estava nessa última categoria, Solise havia se tornado apenas ruínas, não haviam nem sequer mais corpos, todos devidamente consumidos por outras formas de vida famintas por carcaças. Uma cidade-fantasma, com uma coisa tão inatural quanto ela própria, vivendo em seu seio.


Pelo menos ela conseguia passar por um ser humano, enquanto a maioria dos outros seria notado a quilômetros de distância. Era isso que a permitia ir de um lado para o outro, acumulando experiência, sensações e o sangue que cobria suas mãos. Sua conta já estava no vermelho a tanto tempo que poderia facilmente pingar, e isso era um orgulho pessoal.



---


Entrar na grande cidade não fora tão difícil quanto pensava. Haviam guardas no portão, mas eles não bloqueavam realmente a passagem de alguém a menos que fosse suspeito, e os olhos de corça dela eram tudo, menos suspeitos. Uma perfeita loba em pele de cordeiro, a jovem passou pelo meio deles com um sorriso e fazendo gestos curtos de saudação, como se fosse a visitante mais interessada do Mundus. E, pelo menos essa parte dela, não era um fingimento. Erydia era a cidade mais próspera de Epura, embora não soubesse a real razão por trás disso. Seria o método de governo, a localização, as pessoas que viviam ali? Ouvira dizer que a cidade aceitava qualquer tipo de raça e que o preconceito era punido com a expulsão, mas talvez esses rumores fossem utópicos demais. De qualquer forma, ela pôde notar elfos, anões, halflings, e mestiços dessas raças, embora a maioria da população ainda fosse claramente humana. Achou ter visto uma elfa de fogo enquanto passava por uma taverna, mas podia ser apenas uma impressão, eles estavam extintos pelo que sabia.  


Também sentiu a presença de dragões ali, pelo menos quatro deles. Evitou encará-los diretamente quando passou perto, não sabia se a sagacidade daquele dragão específico que conhecera antes era uma característica ampliada pelo resto da raça. Tudo que não desejava era chamar a atenção demais para si mesma. Ela era uma Calamidade de Passagem, mas estava disposta a perder um pouco a mais de tempo naquela cidade, então precisaria ser discreta.


Mantendo-se na margem da multidão que movia-se pelas ruas, agindo mais como um adereço do que uma pessoa real, ela investigou um pouco mais. Uma mulher de baixa estatura passou ao seu lado, guiando um grupo de jovens que não paravam de tagarelar em voz alta sobre como gostariam de participar de uma missão de exploração em vez de fazer a manutenção dos canais de irrigação. O quimono, ou qualquer coisa similar que ela usava sobre as vestes, parecia muito com asas de mariposa e roçaram nela vagamente enquanto se cruzavam. A mulher parou imediatamente quando isso aconteceu, virando sua cabeça na direção que a jovem estava, mas esta já havia se embrenhado ainda mais no meio das outras pessoas. Instinto… não podia ficar muito perto daquela ali, também.


Ela notou o palacete e o templo sem muita dificuldade, optando por continuar sua visita naquela direção. O primeiro, pelo que parecia-lhe, era usado como moradia e local para reuniões com a Regente da cidade. Já o segundo era um Templo dedicado a Erys, não precisava ser um gênio para notá-lo, só perceber seu símbolo sobre a porta de entrada e as cores que os sacerdotes adotaram em suas vestes. Um deles especificamente estava na entrada, debatendo qualquer coisa com uma mulher de porte majestoso e pele escura. Havia algo muito similar nas feições deles, mas não quis encará-los demais. Todo mundo sabia que era fácil sentir quando alguém colocava seus olhos sobre si. E, mesmo tendo esse cuidado, sentiu quando seus olhares estavam prestes a concentrarem-se nela, e precisou agilizar seus passos mais uma vez.


Aquela cidade… possuía pessoas sensitivas demais. Talvez não fosse a melhor ideia do mundo passar uns tempos por ali, mas algo dentro dela vibrou com o desafio. Quanto tempo levaria para ser notada, se permanecesse? Quando começaria a ser caçada? Quando notassem a aura negra que a envolvia, através de toda aquela aparência de boneca, ou quando as primeiras mortes começassem a ocorrer?


Ela limitou seus pensamentos psicóticos bem no momento em que trombava com um homem de grande porte e cabelos longos. Um humano, provavelmente um guerreiro, a julgar pela roupa que vestia e os músculos. Lamentando de maneira educada, quase adorável demais, pelo seu erro, ela afastou-se antes que o dito homem e o amigo que estava próximo considerassem questionar quem era. Também evitou a mulher de longos cabelos brancos e chamas no olhar, ela parecia algo saído de uma fornalha ou do próprio sol, e os Seis sabiam o quanto o sol podia queimar.



---


A jovem desistiu momentaneamente de andar pela rua principal, optando por tomar os becos. Longe das pessoas importantes, longe das pessoas comuns… as partes suburbanas da cidade não eram tão ruins quanto esperava, eram relativamente limpas e bem cuidadas, e não haviam tantas pessoas maltrapilhas ou vivendo nas ruas. Mas, como era de se esperar, uma jovem bonita sempre chamava a atenção onde quer que aparecesse, então não demorou para um rapaz desistir de seguir o próprio caminho para abordá-la. Casualmente, ela colocou as mãos atrás de si, enquanto ele se aproximava pela frente. Cortar sua garganta seria fácil, extremamente fácil, mas ela não queria matar esse tipo de gente. Péssima escolha, era o tipo de gosto que não lhe aprazia.


De acordo com o que ele lhe dissera, vira-a adentrando o beco e decidiu avisá-la que não era uma boa ideia. Bem, para a maioria das pessoas não era, a jovem pensou, mas para ela era o ideal. Na verdade, as outras pessoas deveriam ter medo de estar a menos de um metro dela, mas como aterrorizar não era sua intenção atualmente, apenas deu uma resposta cordial envolvendo o quão gentil ele fora de avisá-la. Olhando melhor, parecia um cidadão com boas intenções… aprendera bem cedo a diferenciar gente que era boa e que só fingia ser. Não havia ser no mundo que pudesse enganá-la nesse sentido.


Ele parecia ser uma pessoa ao mesmo tempo tímida e centrada, só os deuses sabiam como havia tirado coragem para falar consigo. Aquela personalidade… era absolutamente maravilhosa, muito mais gratificante que o que esperava dele anteriormente. Para seu desgosto, porém, o rapaz sorriu de maneira dócil e, ao ver que tudo estava bem com ela, seguiu seu próprio caminho.


Dificuldade em socializar, hein…


Ah… ela realmente queria provar daquele tipo de sangue jovem e inocente, mas era tarde demais. Persegui-lo pelos becos era algo desesperado demais e não estava se sentindo tão necessitada assim. Uma segunda pessoa trombou consigo, deixando também a rua, tão jovem quanto ela pareceria, mas muito menos agradável quanto o primeiro rapaz. Não precisou de três minutos para entender que se tratava de alguém com posição elevada em alguma das três guildas e se vangloriava por isso.


Fechando seus olhos num pedido educado de desculpas, que não deveria ter vindo de si mesma, mas era apenas uma maneira de ganhar tempo, ela leu sua aura. Havia uma magia forte ali, mas sua habilidade era tão patética que chegava a ser risível. Certamente não era nem metade do que dizia ser, furiosa por ter seu caminho bloqueado por uma “mera plebeia”.


Pois bem… a calamidade nunca havia sido daquela forma… uma donzela repleta de arrogância vazia, prepotência calculada e acidez mórbida. Nunca havia sido uma jovem mimada. Aquilo seria um ótimo experimento…


- Está me ouvindo? Quem você pensa que é?


- Eu sou… apenas uma Calamidade Passageira.


---



Ninguém além da moça viu quando o sorriso adorável tornou-se uma expressão de pura crueldade. Ninguém foi capaz de escutar o grito que ela deu ao perceber que havia se metido com a pessoa errada. Ninguém fora capaz de ver seu corpo ser tragado por aquela forma de adolescente, uma isca viva para quem quisesse se aventurar. Ninguém notou quando a personalidade amigável deu lugar a prepotência, arrogância e acidez. O completo oposto do que aquela garota era quando chegara na cidade, vinda diretamente da floresta que circundava a região.


Ninguém soube que um terror silencioso e devorador se instalara em Erydia, bem debaixo de seus narizes. Um terror criado pelos Darkness em sua ânsia pela ciência e degradação. Alguém que não possuía nome, nem um lar, nem sequer uma existência própria, fadada a tomar a coisa mais importante de alguém após matá-lo: sua personalidade.


A calamidade viera como uma brisa adorável de primavera e tornara-se frígida e cruel como o inverno que estava para chegar. E ela se instalara em Erydia.


Quanto tempo… levariam para perceber que ela estava entre eles?
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