Erydia
Olá viajante!

Seja bem vindo à bela cidade de Erydia. Você acaba de pisar em solo Erydiano, e está a um passo de se tornar um de nós.

Tudo que precisa fazer é se cadastrar, escolher um Clã para se juntar de acordo com a sua personalidade e depois é só se divertir!

Nesse mundo onde a magia e as criaturas fantásticas são reais, emoção, aventura e principalmente fantasia farão parte da sua história. Crie um personagem, faça dele um herói e acima de tudo: Divirta-se!
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 Conto Derfel 1 - Legado

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AutorMensagem
Derfel Cadarn
Viajante
Derfel Cadarn


Idade : 45
Moedas : 4886

Ficha do personagem
Habilidade:
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Sorte:
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MensagemAssunto: Conto Derfel 1 - Legado   Conto Derfel 1 - Legado Icon_minitimeQua Set 22, 2021 8:18 pm

Estava em um campo aberto, nu. Olhando para cima via os céus cinzas de sua terra natal e ao olhar para o lado viu Ynys Wydryn, Avalon, ou qualquer outro seja o nome que escolham dar para o monte onde ele crescera. Viu que um grupo de homens montados a cavalo se aproximavam da floresta que havia ao redor do monte e reconheceu os estandartes de longe, Gundleus, rei, guerreiro e eterno filho da puta. Sua noiva estava em Ynys Wydryn para ser protegida com o pequeno Mordred, porém o plano de Gundleus era matar a própria esposa e o bebê e tomar o reino de Dunmonia para si ao invés de ser seu aliado.

Derfel começou a correr. Ele sabia o que acontecia, lembrava-se dos gritos, do sangue, do cheiro de morte. Em sua mente ele ouvia os gritos de Nimue, apesar de estar longe demais do vilarejo que havia no monte, ele jamais esqueceria os gritos agudos que não só perfuraram seus ouvidos como deixaram um furo incurável em seu coração. Enquanto corria sua forma mudou, de velho guerreiro ele voltou ao ápice de sua juventude e então tornou-se um lobo que disparou por entre as árvores, passando pelos cavalos e subindo a estrada diretamente para a moradia de Merlin, indo pelos corredores até o quarto de Merlin onde Nimue estava, deitada na cama tranquilamente.

- Precisa sair daqui! Gundleus não vêm em paz, ele irá matar a própria noiva e o Mordred, ele irá arrancar o seu olho fora, ele irá... – faltou-lhe voz para dizer o que aconteceria a seguir.

- Não importa. Não consegue ver, fiel lobo? Isso é um sonho. – Nimue falou, o corpo de criança frágil e pálido como sempre, os cabelos pretos caindo desalinhados pelo rosto conforme ela se levantava e crescia, alterando-se até tornar-se uma adulta, com o olho esquerdo de ouro que obtivera tempos depois. – Você ainda se culpa por não ter feito algo? Nós nos vingamos, Derfel. Gundleus e Tanaburs. Ambos mortos por nossas mãos.

O ambiente alterou-se, junto de Derfel que voltou à sua idade avançada, estavam em um canto de uma fortaleza. Gundleus encontrava-se contra a parede, seu olhar apavorado conforme dois jovens se aproximavam dele, espada e faca em mãos, uma vingança por Avalon, uma vingança que deixaria tudo justo. Derfel desviou o olhar da tortura que acontecia atrás de si para olhar Nimue diretamente na cara.

- Qual o sentido em me mostrar tudo isso? – questionou ele, calmamente. Os gritos de Gundleus cortavam o ar e apenas o ar, a mente de Derfel estava tranquila quanto a isso.

- E há motivo em sonhos? Em alguns, talvez. Mas você já passou da idade de ter sonhos proféticos e repletos de mistérios, que lhe enviarão para uma missão épica. – Nimue falou, dando uma risadinha.

Derfel olhou mais uma vez para a cena de tortura atrás de si.

- Sempre que estou com você meu lado pior acaba vindo à tona. – o homem falou, suspirando pesadamente. – E ainda assim não consigo me arrepender.

- É porquê quando está comigo, estamos enfrentando aqueles que merecem esse sofrimento. Gundleus merecia tudo o que recebeu, os dois irmãos druidas também, na verdade eu diria que quando está longe de mim é que seu pior lado surge. – ela riu docemente, como uma criança.

- O que quer dizer com isso?

- Não estava ao meu lado quando matou inocentes. Não estava ao meu lado quando matou seu meio-irmão. Não estava ao meu lado quando decidiu não aplacar a fúria de Artur.

Derfel ficou em silêncio. Tecnicamente verdade, porém Nimue também tivera suas próprias missões na época e não puderam estar juntos. As outras vezes que se viram nos anos que estavam por vir foram quando Nimue garantira que Ceinwyn fosse fugir com Derfel, quando Nimue tentou um ritual junto de Merlin para deuses falsos, quando Nimue tentou assassinar Merlin... Atrás dele o cenário alterou-se, mostrando as ruínas de uma cidade com várias pessoas largadas aos cantos, morrendo de doenças e maldições, uma pequena Nimue encolhida, parecia não ter comido em dias, os olhos estavam começando a ficar avermelhados, ela tossia com frequência.

- Você veio. – disse Nimue. – Quando eu desisti, você veio. Valeu a pena?

- Sim. E eu faria novamente. – respondeu Derfel, firmemente.

- Foi amor que te levou até mim? Amizade? Senso de dever?

- Tudo isso. Mas não fomos feitos para ficar juntos.

- Nos nossos pequenos momentos juntos nós causamos destruição e caos em níveis altos. Matamos um rei e seu fiel druida. Torturamos até a morte dois dos druidas mais poderosos do continente. O que mais poderíamos ter feito lado a lado? Merlin deve ter previsto isso, por isso nos manteve distantes.

- Como assim?

- Me fazer sacerdotisa dele, me enviar em pequenas missões e garantir que você estava indo em outras... Me convencer a ajudar você a fugir com outra mulher.

- Seríamos um casal problemático, é isso? – Derfel deu uma risadinha curta.

- Eu consumiria você. E você me consumiria. Um ouroboros, devorando-se eternamente, não iríamos escapar desse ciclo. Seríamos um problema para os outros e um problema para nós mesmos. Mas...
- Mas?

- É tolice da minha parte dizer que eu desejo exatamente isso?

- É. Nós jamais estaremos realmente juntos. Não mais.

- Não seja burro, Derfel. – quando Nimue disse isso a voz de Merlin ecoou junto. Era a frase favorita dele, afinal de contas.

O cenário alterou-se mais uma vez, dessa vez estavam em uma terra desolada, o chão era seco e duro e não crescia nenhuma planta em lugar nenhum. O vento batia forte e levantava pó, na distância conseguia ver as ruínas do que talvez fosse Erydia, ou alguma outra cidade de mesmo porte, era difícil de dizer qual era qual daquela distância.

- Nós estaremos juntos no fim do mundo. Porquê nada mais vai importar, apenas nós. – Nimue aproximou-se de Derfel, segurou seu rosto e movimentou-se para dar-lhe um beijo.
Porém Derfel acordou antes que isso pudesse acontecer.

Décadas depois e ele ainda não conseguia esquecê-la. Não conseguia abandonar aquele desejo. Ou teria esse sido um sonho mágico, no qual ambos puderam se comunicar? Difícil saber, apesar de ser a cara da Nimue fazer algo desse tipo também era igualmente a cara dela jamais comunicar-se com ele novamente. Pelo menos não até o último momento.
Levantou-se de sua cama, vestiu-se e foi direto para as ruas. Precisava andar um pouco, pensar um pouco. Não era comum que tivesse sonhos tão intensos assim ou que sequer lembrasse de seus sonhos após acordar, mas aquele permanecia vívido em sua mente. Sem notar como ou porque ele começou a ansiar por aquele ouroboros que Nimue havia citado, o desejo dela passando para si. Sabia que ao entrarem nesse ciclo estariam chegando mais e mais nos extremos, mas ele já estava nos últimos anos de sua vida, podia sonhar um pouquinho, podia desejar o impossível.

Perto da fonte ele viu um rapaz que lhe lembrava muito a si mesmo quando era jovem. Roupas simples, cabelos pretos curtos, uma espada na cintura e um olhar repleto de fogo. Não era algo muito bom de se ter em um jovem, apesar de liderar a guilda que treinava guerreiros, inclusive as duas filhas de seus amigos, ele queria que os jovens tivessem um tempo de descanso, longe do pior lado que o mundo tinha para oferecer e mais perto da calma que poderia nutrir melhor o coração deles.
Talvez só estivesse cansado de batalhas. Sabia que Artur também estava.

Artur. Artur. Artur. Artur. Artur. Artur. Artur.

Artur.

Parece que desde que se entendia por gente ele vinha girando em torno de Artur, o homem sempre fora o símbolo do que um líder deveria ser, tinha a confiança de diversos reis e até mesmo aconselhava alguns, ele próprio poderia ter sido o rei de Dunmonia se bem quisesse, mas sua honra não permitia. Iria parecer que ele chegara e tomara o trono ao invés de auxiliar Mordred. O reino em si caiu após a morte de Mordred, dividindo-se em três reinos menores.

Derfel se sentia mal quando pensava em Mordred. Tanto que deveria ter feito. Se havia alguém que merecia provar o combo Derfel/Nimue esse alguém era Mordred, mas ela estava ocupada com outras coisas na época e por fim ele morreu pelas mãos de Artur. Era mais poético assim, soava melhor para as canções. Deveria ter convencido Artur a tomar a coroa após isso, ele seria um rei justo.

Mas Artur já havia experimentado do que era sua própria fúria quando alguém o forçava a ir longe demais e ele jamais gostaria de voltar a isso. Então ele desfez o bando de mercenários. Derfel foi viver com Ceinwyn. Artur foi fazer alguma coisa que até hoje Derfel não sabia o que era. Mas pouco a pouco foram todos sumindo. Galahad se tornou um lorde. Sagramor foi enterrado após a batalha com Mordred, assim como vários outros cavaleiros.
Távola Redonda. O pensamento arrancou um risinho curto de Derfel. Fora na realidade uma mesa quadrada com cadeiras de madeira que, segundo Sagramor, estavam bambas. Sentia saudades de Sagramor.

Reencontraria todos aqueles que morreram eventualmente. Mas por enquanto precisava pensar no que faria por Erydia, pelas garotas e pela guilda.

Retornou para a sua casa, tendo reparado que havia sido seguido. Artur estava na porta conforme o garoto de antes se aproximava, com passos firmes.

- O que foi, garoto? – perguntou Derfel.

- Derfel, esse garoto... – Artur começou, mas silenciou-se quando o garoto entregou um papel para Derfel, que o abriu para ler.

“Derfel Cadarn, espero que se lembre de mim. Quinze anos atrás nos conhecemos na Taverna do Leão, em Erydia. A elfa mercenária que te desafiou para um combate mano a mano, Ayda, espero que não precise lembra-lo do que aconteceu mais tarde. Quando tudo se passou, eu havia me mudado para outra cidade e você havia se tornado alguém famoso em Erydia. Foi quando descobri que estava grávida. Fiz meu melhor para criar Ynyr por conta própria, mas conforme escrevo isso estou nos meus últimos momentos, uma doença incurável me afligiu. Eu achei que seria melhor permitir que você vivesse em paz, até porquê sou plenamente capaz de cuidar dele. Isto é, até agora. Estou enviando seu filho para você, pois minha família me abandonou após nosso caso. Sempre pensei em você com afeição, espero que tenha pensado em mim também. Cuide bem dele.
Assinado: Ayda Heiphyra “

- Era justamente isso que eu ia dizer, esse garoto é a sua cara, Derfel. – Artur falou, tendo lido a mensagem por cima do ombro.

- Ayda... – Derfel suspirou, mais uma pessoa próxima a ele falecia.

- Mamãe sempre falava bem de você. Disse que se viéssemos até você iria parecer que estávamos nos aproveitando da sua fama. Ela também disse ter descoberto algo, sobre sua antiga esposa, e que não achava que você iria querer iniciar um relacionamento. – Ynyr falou, sua postura era praticamente militar.

- Entre, garoto. – disse Derfel, deixando que o jovem rapaz fosse na frente. – Você tem perguntas, eu imagino.

- Muitas. Você é um guerreiro de renome, mas seus feitos aqui em Epura são poucos, seus reais feitos estão em Zatmera. Mas não consegui muita informação sobre o que fez lá.

- Quer ouvir a nossa história, então? – Artur sentou-se e gesticulou para que Ynyr fizesse o mesmo. – É longa e repleta de momentos trágicos.

- Conte. – disse Derfel, sentando-se também. – É bom que ele saiba logo, antes que os rumores comecem a contaminá-lo.

- Eu não dou atenção para rumores. – Ynyr falou, firmemente. E então, Artur começou.

Nós éramos um grupo de mercenários. Não tínhamos um nome oficial, mas muitos nos chamavam de Guerreiros de Avalon. Eu era o líder, seu pai foi encontrado e criado por Merlin, um druida de poder e respeito. Dunmonia ficou sem um rei, uma vez que o único herdeiro ainda era um bebê, fomos contratados por Dunmonia para lutar por eles e proteger o herdeiro. Um ataque à Avalon forçou o bebê a vir para o nosso grupo, foi aí que conheci seu pai, mas ele só foi entrar para o bando mais tarde. Lutamos contra Gundleus, rei de um reino que deveria ser aliado de Dunmonia, seu pai o matou. Passaram-se os anos e eu comecei a ser visto como o representante oficial da coroa de Dunmonia, algo que aceitei com honra, mas que pensando bem eu deveria ter recusado na hora. Eu me casei. Seu pai se casou. Lutamos contra outros reinos que tentavam invadir, esse tipo de coisa. Coisas aconteceram, eu exilei minha esposa, seu pai matou o cavaleiro mais popular, Lancelot, após ele tentar iniciar uma guerra civil. Lutamos, lutamos e lutamos, até que finalmente Mordred, o bebê, cresceu e assumiu o trono. Mas Mordred era...

- Um filho da puta. – interrompeu Derfel, com Artur o censurando com o olhar. – Não tem outro título melhor para ele. Ainda que eu saiba que a mãe dele era alguém de respeito.
Sim. Um filho da puta. Que seja. Ele abusava de sua posição como rei, matou, estuprou e roubou dos plebeus por anos até que por fim tentou nos atacar, eu o matei em combate, com grande custo. Depois disso eu desfiz o bando e cada um seguiu por seu próprio caminho, seu pai foi viver com a esposa.

- Eu assumo a partir daqui. – Derfel falou.

O que restou das forças de Mordred atacaram a minha casa, mataram minha esposa, Ceinwyn, e suas três meias-irmãs, a mais jovem tendo oito anos. Eu nunca consegui me vingar e comecei a procurar por Artur, mas o... mas ele havia partido para esse continente, então eu vim para cá atrás dele. Nunca mais encontramos o resto das forças de Mordred, devem ainda estar escondidos em Zatmera. Eu fiz algumas missões aqui em Erydia, me juntei à guerra e o resto imagino que você saiba.

- Sinto que você está deixando algumas coisas de fora. – Ynyr tinha uma mente perceptiva, Derfel notou. Ayda também era assim, então não era uma surpresa tão grande assim. – Mas suponho que vou descobrir elas depois?

- Sim, tudo ao seu tempo.

Os dias se passaram, Artur parecia estar mais feliz com a presença de Ynyr na casa, ele sempre gostara de crianças, tal qual Galahad, e, acima de tudo, crianças curiosas. Era justamente isso que Ynyr era, sempre tinha algum questionamento sobre o passado, sobre combate, sobre estratégias, sobre lendas e mitos. Certo dia, Derfel retornou para casa com uma aparência diferente, o cabelo estava raspado dos lados e preso no meio formando uma espécie de moicano, a barba estava presa com um único anel metálico e, acima de tudo, seu cabelo e sua barba estavam mais cinzas do que antes.

- Eu não vejo esse corte de cabelo desde os dias dos Lobos de Guerra. – riu Artur, colocando as mãos nos ombros do amigo. – Mas... Essa cor? O que aconteceu?

- O homem que cortou o meu cabelo disse que conseguia deixar ele mais escuro com uma poção. O resultado foi o oposto. – Derfel suspirou e Artur riu novamente.
- Lobos de Guerra? – Ynyr questionou, ignorando toda a aparência do pai.

- Era o esquadrão de elite do nosso bando de mercenários, Derfel era o líder. – explicou Artur, afastando-se. – Mas não durou por muito tempo, eu não gostei de dividir o grupo assim. Parecia que inferiorizava os outros.

- Está com cara de guerreiro. Um guerreiro mais velho, mas um guerreiro.

- E que cara eu tinha antes? – questionou Derfel, erguendo uma sobrancelha.

- De alguém que estava tranquilo demais na sua posição. – Ynyr disse isso e deu as costas à Derfel voltando para a mesa, sentando-se e voltando a ler o livro que estava lendo antes. – O que não era ruim também.

- Certo. – Derfel deu uma risadinha, fechando a porta atrás de você. – E mamãe Artur está cuidando bem da casa enquanto eu estou fora?
- Sim.

Artur começou a reclamar em voz alta sobre seu título como mãe daquela casa, Derfel riu e sentou-se ao lado de Ynyr. Enquanto isso, em um certo monte em Zatmera, uma mulher acordava e sorria, colocando seu olho de ouro no lugar e espreguiçando-se.

- Viva bem Derfel, irei te ver no fim do mundo.
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